1. No dia 10, saímos de Copacabana com destino a Arequipa, acreditando ser um dia tranquilo, pela baixa quilometragem a ser percorrida. Porém, quando chegamos à aduana boliviana, em Kasani, fomos informados que o lado peruano estava fechado por uma cancela de ferro, que impediria a entrada de veículos. Teríamos que encontrar um jeito de passar por esse bloqueio e chegar a Puno, para fazer os trâmites aduaneiros, 100 km depois. Uma comerciante local nos "cobrou" 5 soles para nos mostrar uma forma alternativa de entrar no Peru, contornando o local da cancela, por uma pastagem de ovelhas, para retomar a rodovia mais adiante. Assim fizemos! Chegamos bem em Puno em menos de 2h e começamos uma verdadeira novela pra fazer os dois procedimentos aduaneiros, que nos tomaram quase 8h. Informações erradas, endereços diferentes dos locais de migração. Fomos a "migraciones" da Plaza de Armas, mas não era lá; era no Porto! Corremos pra lá, mas estava fechada pra almoço. Conseguimos carimbar os passaportes 3h depois. Mas ainda tínhamos que ir à Aduana, que fica no bairro Santa Rosa, 3 km depois do Porto, para fazer a importação temporaria da moto (permisso). Outra hora e meia de espera. Mas deu certo!
2. Saímos de Puno às 17h20 (15h20 horário local), acreditando que conseguiríamos avançar até Arequipa, 300 km adiante. Ledo engano, um trecho super sinuoso não nos permitiu fazer médias acima de 50 km/h. Paramos para pernoite em Santa Lúcia, num frio de rachar. Mal rodamos 200 km no dia.
3. No dia 11, acordamos com 3 graus em S. Lúcia, com gelo depositado sobre o banco, e só conseguimos sair depois das 8h (10h no Brasil) porque guardei a moto num estacionamento pago que só abriu às 8h (sequer perguntei isso quando deixei a moto lá). Pra nós, que sempre acordamos às 6 da matina (horário brasileiro) foi uma espera terrível essas 4h de interstício até conseguir pegar a estrada.
4. A travessia de Arequipa é engarrafamento monstro. Semáforos que abrem e fecham e ninguém sai do lugar. Pegamos uma rota alternativa de 11 km de off road, pra não ter que atravessar toda a cidade, algo meio difícil com a moto pesada, com garupa e bagagens. Avançamos pouco e paramos pra dormir em Camaná, belíssima cidade à beira do oceano Pacífico. Saímos com 3 graus pela manhã e chegamos com 35 no Pacífico, num único dia.
5. No dia 12, conseguimos avançar bem, mais de 600 km, e chegamos a Paracas, destino "fantasia" da nossa viagem, com 5874 km rodados desde Brasília. Um trecho lindo! De um lado o oceano Pacífico e do outro o Deserto. Creio ter ultrapassado mais de 1000 caminhões só neste trecho.
Lugares fantásticos. Essa América do Sul é maravilhosa.
ResponderExcluirQue viagem maravilhosa Flávio, quero voltar a viajar no Peru um dos países que mais adorei conhecer. Boa viagem pra vocês!
ResponderExcluirQue imagens lindas! Deu saudade de viajar no Peru.
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